Para muitos ele passa rápido demais, mas para uma mulher em trabalho de parto não.
Agora, pergunte para uma gestante o que ela estaria disposta a fazer se ela pudesse terminar 57 minutos (quase 1 hora!) mais cedo o seu trabalho de parto.
Muitas delas pagariam uma fortuna. Contudo, esse “sonho” está acessível para todas elas com uma atitude simples.
Devemos encorajar nossas pacientes e alunas gestantes (ou que estejam tentando) a manter uma rotina de exercícios. Assim, elas terão uma aliviante recompensa no final da sua gestação e ficarão extremamente gratas a você.
Veja este recente estudo...
Pesquisadores da Espanha descobriram que mulheres que se exercitam apenas três vezes por semana durante a gravidez têm um trabalho de parto mais curto(5).
No estudo, um grupo de cerca de 500 mulheres foi dividido em dois grupos. Um grupo de mulheres foi conduzido em sessões de exercícios moderados por um profissional três vezes por semana, com base em um regime de exercícios recomendado pela American Congress of Obstetricians and Gynecologists (ACOG).
O outro grupo de mulheres não teve intervenção, apenas educação de rotina sobre nutrição durante o pré-natal.
Na sala de parto, havia uma diferença mensurável e importante. A primeira etapa do trabalho de parto - do início até a abertura total do colo do útero - foi em média 53 minutos mais curta para as mulheres do grupo que havia sessões de exercícios.
E MAIS: não foi apenas a primeira etapa do trabalho de parto que foi afetada. As mulheres que se exercitaram tiveram um tempo total de trabalho que foi em média 57 minutos mais curto do que as mulheres que não fizeram exercícios.
Quase 1 hora a menos para quem está sob dor extenuante são praticamente dias a menos de alívio.
E os benefícios não param por aí…
As mulheres no grupo de exercícios também tiveram menor probabilidade de sofrer uma epidural, de acordo com o estudo, publicado na edição de maio de 2018 do European Journal of Obstetrics and Gynecology and Reproductive Biology.
Outra diferença que os pesquisadores notaram foi que as mulheres do grupo que receberam apenas orientação nutricional relataram maior ganho de peso durante a gravidez.
As mulheres grávidas devem receber pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada a cada semana, de acordo com as diretrizes do Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
E há um exercício que complementa ainda mais os benefícios desta atividade aeróbica moderada durante a gestação. Mais sobre isso adiante.
Além do benefício do menor tempo de trabalho de parto encontrado no estudo, o exercício durante a gravidez também pode ajudar a diminuir o risco de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e cesariana, reduzir a dor nas costas, fortalecer os vasos sanguíneos e cardíacos e dar outros benefícios, segundo o ACOG.
A intensidade de um treino depende do seu nível de aptidão física antes de engravidar.
Agora, nem todas as mulheres grávidas podem começar ou continuar os exercícios.
E aqui cabe um aviso...
Se a gestante tiver um problema médico, o exercício pode não ser aconselhável. O exercício pode ser prejudicial se ela tiver uma condição relacionada à gravidez, como:
É óbvio, mas vale ressaltar:
Forneça orientações sobre exercícios com base no histórico médico da sua paciente ou aluna.
Tente encaixar os exercícios listados abaixo na rotina da sua paciente ou aluna. Eles fortalecerão os músculos para que ela possa carregar o peso extra da gravidez. Eles também fortalecem as articulações, melhoram a circulação, aliviam as dores nas costas.
À medida que o bebê cresce, a gestante pode descobrir que o buraco na região lombar aumenta e isso pode causar dores nas costas. Exercícios que tonificam os músculos do abdômen são indicados para aliviar a dor nas costas, o que pode ser um problema na gravidez e no pós-parto.
Os exercícios do assoalho pélvico ajudam a tonificar os músculos desta região, que sofre muita pressão na gravidez e no parto. O assoalho pélvico consiste em camadas de músculos que se esticam como uma rede de suporte do osso púbico até o final da espinha dorsal.
Se os músculos do assoalho pélvico estiverem incompetentes, a futura mãe poderá ter escape de urina quando tossir, espirrar ou se esforçar. Essa patologia é conhecida como incontinência urinária de esforço (UIE) e pode continuar após a gravidez. Contudo, isso deve ser prevenido e a mamãe poderá fazer esforço normalmente sem ter escapes. Só porque é comum, não quer dizer que você não deva se preocupar e preveni-la!
Você pode tonificar os músculos do assoalho pélvico fazendo exercícios focados para esta região. Isso ajuda a reduzir ou evitar a incontinência de esforço após a gravidez. Todas as mulheres devem fazer exercícios específicos para o assoalho pélvico, mesmo que ela seja jovem e não sofra de incontinência urinária de esforço agora.
Você pode saber mais sobre incontinência urinária de esforço (UIE) lendo estes artigos que separamos abaixo:
Atividades como Pilates, RPG, Yoga e Musculação são algumas das atividades recomendadas para essa fase tão especial da vida de uma mulher!
O LPF, sendo uma técnica postural e respiratória, potencializa os ótimos resultados conquistados por essas técnicas. Ao introduzir o LPF na rotina de treinos, conseguimos realinhar a postura da gestante e regular o tônus dos músculos afetados durante a gravidez.
Assim, a sua paciente ou aluna não precisará sofrer durante a gravidez e nem depois dela, porque sua postura continuará alinhada e seus músculos do abdômen e assoalho pélvico estarão preparados para todo este período. Inclusive para o pós-parto.
No pós-parto, o LPF ajuda a reorganizar os órgãos internos, recuperar o tônus ótimo do abdômen e assoalho pélvico e ainda reduzir ou até eliminar a diástase através do fechando da linha alba. Tudo isso é possível com o LPF.
Espero que este artigo tenha sido útil e que você tenha gostado assim como nós gostamos de prepará-lo para você!
Até o próximo artigo.
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