Os recursos são escassos.
Pense em água, solo, energia, dinheiro, etc. Usou, consumiu, não se renova.
Assim é também com a energia/eletricidade gerada e consumida no nosso organismo. É finito. Gerou, consumiu e pronto. Quando a fonte se esgota não sobrevivemos.
O nosso sistema operacional (Nervoso, Metabólico e de Movimento) é muito esperto e Plástico (capaz de se reorganizar). Sabedor disso, ele tende a ser ECONÔMICO, consumir apenas o suficiente de energia para realizar as funções vitais e interagir com o meio ambiente. O que não é utilizado fica em “stand by”, adormecido até ser convocado para uma função. Por um lado essa estratégia pode nos ser vital, por outro pode nos “impedir” de funcionar em plenitude. É assim durantes os primeiros anos de vida até o envelhecimento. O que muda é o potencial de desempenho, diminuindo com o avançar da idade.
Precisamos trabalhar para aumentar a EFICIÊNCIA do sistema operacional dos nossos pacientes, alunos e atletas de qualquer idade!
O primeiro passo é identificar os “freios” de performance. O que está impedindo o indivíduo de Movimentar com qualidade (mobilidade e estabilidade) e quantidade (volume e resistência) satisfatória, o que está influenciando a capacidade de sustentar Posturas desejáveis, de atingir níveis de Força e Potência condizentes com as demandas das atividades que realiza no dia a dia e esportes, de recuperar de esforços e estresses num espaço de tempo adequado sem afetar a qualidade de sono, de relacionamento afetivo e social e o rendimento cognitivo (memória, aprendizagem e produção).
O segundo passo é inserir informações no Sistema Operacional do indivíduo para que ocorra Neuromodulação. Ou seja, que o próprio sistema encontre os erros e faça os ajustes necessários e mude a configuração. Isso leva tempo e requer repetição/prática. A nova configuração deve vir acompanhada de melhor performance nas áreas citadas acima.
Medindo os comportamentos e respostas que antes não estavam satisfatórias e condizentes e comparando com as atuais.
O terceiro passo é Integrar ou (re)Adaptar a “nova configuração do Sistema” ao ambiente e demandas reais do indivíduo para que ele possa desempenhar mais próximo do seu potencial e com mais Eficiência! Ou seja, existe uma necessidade de fazer uma Transição gradativa, expondo o indivíduo às situações reais com complexidade e intensidade crescentes.
Esse processo acontece o tempo todo ao longo do Desenvolvimento e da Vida. É dinâmico! E é bom que o seja. Porém, é complexo... e também é bom que o seja, uma vez que “não existe Jantar Grátis” !
___________________________________________________________________
Texto por Pedro Simão – Ministrante da Certificação Drivers Neurais do Movimento.
Cadastre seu e-mail e fique por dentro dos nossos cursos.